Abdoulaye Ba é o único jogador cedido pelo F.C. Porto esta época à Académica. Chegou a Portugal há ano e meio, ainda com idade de júnior, mas habituou-se a trabalhar com a equipa principal, na altura sob comando de Jesualdo Ferreira. Partilhou, por isso, o balneário com a esmagadora maioria dos jogadores que vai reencontrar no próximo domingo.
«Respeito-os mas uma partida de futebol é uma partida de futebol. Quando acabar, tudo será como dantes, como se nunca nos tivéssemos deixado. Estamos no relvado para jogar, não para fazer uma guerra», confessa o jovem senegalês, lembrando que «ser outsider é muito confortável, pois não há pressão» e isso permite à Briosa «jogar o jogo pelo jogo».
O central, um dos indiscutíveis de Pedro Emanuel até ao momento, não esconde uma certa mistura de sentimentos: «Não é fácil jogar contra o F.C. Porto, porque é um dos maiores clubes de Portugal. Do ponto de vista sentimental, será uma motivação muito grande jogar contra a minha antiga equipa, mas estou concentrado na Académica. Sinto-me bem em Coimbra, as pessoas gostam de mim, e quero ajudar ao máximo e retribuir o carinho aos adeptos»
Abdoulaye admite ser bastante competitivo e não gosta de perder, seja diante de que for: «No futebol ou em qualquer situação da minha vida, tudo o que faço é com intenção de vencer. Trata-se de um jogo, 90 minutos, e tudo é possível. É isso que o mister nos transmite. Vamos procurar mostrar-nos, toda a gente já viu que temos estado bem mas acredito que vamos ser ainda melhores.»
«Também queremos ser respeitados»
Por ser defesa, o senegalês irá travar um duelo intenso com um dos melhores ataques do campeonato e, em particular, com o «amigo» Hulk: «É muito motivante defrontá-lo, tal como a outros grandes jogadores do Porto. São atletas reconhecidos. Vou tentar mostrar-lhes quem é Abdoulaye, com toda a humildade, e fé no nosso colectivo e concentração para fazermos um bom jogo.»
Apesar de manter boas relações com vários jogadores do plantel portista, Abdou, como é tratado pelos colegas, assegura não ter falado com nenhum. «Aposta? Faço-a em mim mesmo. É a minha primeira época na Liga, vou escutar todos os conselho e tentar aprender ao máximo. Sei que posso ajudar ainda mais o grupo e quero deixar a minha marca. »
A Académica tem a vantagem, de acordo com o jogador, de actuar em casa, onde conta todos os encontros por vitórias e ainda não sofreu golos. «Bom resultado? Não perder pontos. Se queremos chegar ao topo, temos de pensar sempre em ganhar. E se o conseguirmos será um marco para o resto do nosso campeonato e um factor acrescido de motivação. Não temos medo do Porto. Respeitámo-lo muito, como é natural, mas temos consciência de que o jogo é em nossa casa e também queremos ser respeitados.»
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